Todos procuramos algo. Sim, todos! À primeira vista pensar-se-ia que é tão simples, mas simplicidade não rima, de todo, com esta busca.
Todos sonhamos. Sim, todos, mas não é isso que desfaz a nossa vontade nem, por outro lado, faz a nossa loucura maior. Apenas a torna mais lúcida.
Podemos esperar uma vida inteira, mas é garantido que nada nos cairá aos pés. Essa procura não terá sido, sequer, iniciada e terás tido uma vida obsoleta. No final das coisas, só saberás o que não tiveste.
Se, por outro lado, a busca se resumir ao material, então teremos o nosso problema talvez simplificado pela facilidade com que hoje se obtêm coisas. Mas não acredito nisso.
O que toda a gente busca é o mesmo mas que ninguém sabe descrever.
Não é material, é psicológico, mas que ultrapassa a nossa capacidade de ver a olho nu, que esse só tende a ver o que é fácil de ver.
Feitas as contas, é tudo uma questão de matemática (ou então fiz mal as contas) e não há porque não tentar.
Eu não vou querer saber o que não fiz. Eu vou querer saber do que fiz, e o mundo também. É disso que se trata. De não ser usual. Porque o banal cansa...mesmo.
Eu vou querer acordar um dia, num dia chuvoso talvez, e dizer que está na hora e mesmo aí a lógica destruída por uma espécie de vida semi-vivida dir-me-à que não foi suficiente.
Aí saberei definir o que sempre quis. Contudo, será tarde demais.
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