Aquilo que não tenho
De que me adianta falar do que não tenho? Sim, do que não é meu ou alguma vez foi, de que me vale? É como falar de uma felicidade que não é nossa, de um anel de noivado que não nos foi dado. É quase tão mau quanto afirmar ter fome e ter a barriga cheia. Provavelmente a culpa é minha. Mais minha que de alguém que nem poderia imaginar, sequer, ser dela. É! A culpa só poderá ser minha. Sou eu que tenho a culpa de não respirar e de não escrever como devia. Sou eu! Sou eu porque quero sempre o que não tenho e não posso ter, e porque falar do que não tenho não faz sentido. É inútil! Mas coisas inúteis há por todo o lado... e nem essas tenho.
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