Chegada uma determinada altura na vida toda a gente se pergunta, numa forma localizada de ver as coisas, se o que fazemos vale mesmo a pena. Ora tão depressa a pergunta se faz como desfaz. A ideia de "valer a pena" é quase tão curva quanto a equação linear da reta real.
Não é uma questão de intuição ou de desespero, é uma questão de aproveitamento. É quase tão claro que o sol se põe todos os dias como a fome no mundo, porque ambos existem. O que vale mesmo a pena, aqui, é o saber aproveitar, que de uma forma ou de outra só dependem do ambiente e da personagem.
Uma vez disseram-me que a paisagem vista do local x valia muito a pena. É só uma questão de perceção, claramente.
Se por um lado a vida desse lado é um tanto distorcida, deste outro, não menor nem pior, tem uma dose de loucura quase letal. Quase inimiga do aceitável, que só depende da velocidade com que as coisas se vão e não voltam, a verdadeira luz do "valeu a pena" só diz respeito ao íntimo, que não é partilhado... é reservado.
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